Segunda-feira, 26 de Março de 2007
Libertar amarras
Libertar as amarras! Ouso eu perguntar há quanto tempo não se liberta das amarras que o levam ao sedentarismo, ao nãovalepenisno, ao conformismo de que já não tenho idade para isso ou outras desculpas esfarrapadas em que tão hábeis somos em inventar como a justificarmo-nos.Salte dessa poltrona coçada de se mover de tanta insatisfação, roída do azedume da sua bilis, olhe-se ao espelho, penteie esse cabelo ou deixe-o assim desgrenhado, se calhar até lhe dá um ar mais excêntrico de que gosta, barbeie-se ou não, retoque-se ou não e para todo esse ataviar invente como costuma fazer para outras situações uma desculpa e não pense nos outros, mas em si. Há quanto tempo não pensa em si? Há quanto tempo faz tudo só para agradar ao outros ou não aborrecer os outros, e logo agora que tem,ainda bem, mais tempo livre, em que os outros se apressam a ocupar, quer para lhes termos o almoço prontinho,quer para lhes passear o Terra Nova que sofre prisão de ventre, pudera naquele ambiente qualquer um fica passado, quer para ir às compras...um sem fim de tarefas em que amigos, vizinhos, familiares ( e a estes se lhes diz não ou torce o nariz fazem-se cobrar) e outros mais chegados. Ouse fazer uma revolução pela sua LIBERDADE, ouse dizer NÂO, torne-se assertivo, se pensou dizer não, diga não, e não fique a ruminar no assunto, queixando-se a este e àquele que lhe pediram o carro que ele tanto estima e não teve coragem de dizer não, que lhe pediram mais uns euritos e não conseguiu dizer não ao diabrete do sobrinho, da vaidosa da filha, do manhoso do genro, da ensonsa da vizinha que nunca tem dinheiro para a água, mas para marginal do neto derrete-se toda,ponha ponto final a isso e como diziam os Humanos - Mudar de Vida!!! E tanta prosa para os convidar a olhar à vossa volta e olhar o mar, o horizonte, sonhar, sonhar que navegam docemente, de velas enfunadas, olhando as águas cristalinas, sentindo a aragem, qual afável brisa que nos acaricia o rosto, sentir-se desafiante, sobretudo vivo, vitorioso por ter deixado aquela poltrona puída, confidente de resmungares,amarfanhada por gestos de raiva, sem saudades da vizinha desgrenhada, do Terra Nova nervoso e mijão, do  Sô Manel do Super, da estérica da filha que tem uma voz tão esgaiçada que até dói, senhor (a) de si, que até os males lhe desapareceram,assim sim. Já se sentou numa esplanada a comtemplar o vai vem dos transeuntes, a ouvir histórias de voz entrecortada da mesa de esplanad ao lado? Já se riu da Balzaquina de nariz no ar que se estendeu ao comprido de no trotoir do jardim deixando ver as partes pudibundas que tanto arrecada, pois bem vá-se ao mar, ao jardim, a ouvir um concerto, deixe-se de Preço Certo e se isso não lhe diz nada contacte-me aqui no blog ou para o meu e-mail: maruco@sapo.pt e convido-o a dar um passeio de barco na Ria de Vigo e a passar um dia de mar comigo e a minha mulher (se ela não estiver a trabalhar), só tem de trazer umas sandocas, água ou umas bejocas e o resto é connosco, vai ver que vai gostar e vai-se sentir vivo(a) por ter ousado e se sentir feliz, pelas sensações, pela decisão e por tudo o mais. Era este o desafio que desejava lançar. Não aceito desculpas que enjoa, na ria ninguém enjoa, as águas são calminhas o barco é confortável e quanto aos meus honorários paga-me com a sua agradável companhia, é claro que têm de deixar o azedume, a má disposição, a tristeza no cadeirão, não vos conheçemos, não nos conhecem, mas vamos prendá-los coma nossa companhia, o nosso tempo, o nosso barco, o nosso melhor. Façam-se à vida e vivam amigos. Um abraço 

sinto-me: livre
música: Hino da Alegria
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publicado por estimulo às 23:59
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além fronteira

Seguindo o caminho de Santiago entramos fronteira adentro e a partir daí todos o caminhos vão dar a Santiago, ou seja ao Paraíso. Já  pensou em conquistar, ou melhor conhecer a Galiza? Não perca tempo a pensar aonde vai quando tem algum tempinho para tirar, aqui tão perto e tão longe. Vai adorar, as rias sonolentas penetrando terra adentro, línguas de terra verdejante a fazerem-se ao mar como os marinheiros de antanho, e enquanto invadem o mar oferecem-nos recantos paradisíacos de areia finissima cor de alba, águas turquesas refrescantes, recantos abrigados e apetecidos, escarpas arrogantes debruçadas sobre o mar, qual gigante Adamastor, ou enseadas convidativas a fundear os veleiros vindos de longe ou de perto e aí permanecer eternamente. O embalo das ondas, a companhia alegre e bricalhona dos golfinhos ou dos mergulhões furtivos na sua faina, o ondular da vegetação dançando ao vento, deixam-nos deslumbrados e com a promessa de lá voltar. Só que ao voltar outros lugares se nos oferecem e não resistimos ao acolhimento, à beleza, à sedução, já não só do lugar como das gentes,gente de bem , laboriosa, pronta a oferecer-te um saco de mexilhõo se abordares alguma bateia (plataforma aonde se desenvolve o mexilhão) disponível ao convívio, à brincadeira, a aceitar-te no grupo sempre divertido, direi sempre em festa


música: Maria la Portuguesa - Carlos Cano
sinto-me:

publicado por estimulo às 22:53
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